Executivos acreditam que ruptura chegará aos mercados nos quais atuam em até 2 anos
E as empresas ainda não se sentem totalmente preparadas para a transformação digital, revela pesquisa da Juniper
Apesar de todo o barulho, as empresas ainda não se sentem totalmente preparadas para a transformação digital. Pelo menos é isso o que indica uma pesquisa da Juniper Networks feita junto 2,7 mil executivos e tomadores de decisões de negócios e de TI.
O documento revela um cenário de falta de conexão entre as áreas de tecnologia e os líderes de negócio, bem como reforça os benefícios de investimentos feitos em automação para que empresas tenham mais agilidade e posicionem-se à frente da curva de disrupção.
“Mais do que nunca, investimentos inteligentes são vitais para manter os negócios bem posicionados”, avalia Rami Rahim, CEO da provedora de tecnologias de rede, enfatizando que a transformação digital exigirá um relacionamento forte entre quem define a estratégia e os encarregados de executá-la.
Mais de metade dos consultados acreditam que uma nova tecnologia, produto ou serviço disruptivo serão introduzidos em seu segmento nos próximos dois anos. Os departamentos de TI, no entanto, não sentem que possuem competências necessárias para ser bem sucedida daqui a cinco anos. Quase metade (45%) dos ITDMs pesquisados acredita que um quarto ou mais da sua força de trabalho de TI não possui as competências necessárias para ser bem sucedida daqui a cinco anos.
Mudança iminente
Pelo menos oito em cada 10 consultados admitem que o desempenho de sua organização seria melhor se a diretoria atual tivesse mais conhecimento a respeito de tecnologia. “A falta de investimentos em TI cria barreiras à inovação, impedindo os negócios de manter o ritmo de mudanças e sua competitividade”, avalia a Juniper, sobre impacto gerado pelo contexto identificado.
Além disso, metade dos participantes da pesquisa acredita que sua organização levaria no mínimo um ano para desenvolver e dar suporte a um produto, caso tivesse que se defender da iniciativa de concorrentes. “Mas esse tempo pode não existir, porque a velocidade da disrupção é muito alta”, observa.
Segundo a pesquisa, o legado tecnológico está desacelerando o crescimento das empresas. Mais da metade dos participantes do estudo disse que a infraestrutura de TI de sua empresa pode, muito ou de alguma maneira, ser um obstáculo ao rápido desenvolvimento de novos produtos ou serviços.
Uma forma de driblar esse contexto adverso, sugere o levantamento, é repensar a maneira de lidar com a tecnologia e manter investimentos em inovações. Porém, nem mesmo o acesso às melhores tecnologias assegura o sucesso digital no ambiente competitivo de hoje.
Dessa forma, empresas precisam de uma combinação exata de talentos para liderar e executar com sucesso uma mudança tecnológica. E precisam assegurar, de forma contínua, que esses talentos estejam digitalmente prontos para atender as demandas e crescer neste ambiente tecnológico ágil e em constante mudança.
Fator automação Para se manterem à frente na curva de disrupção digital, as organizações devem priorizar investimentos em automação. O resultado do estudo mostra que os executivos enxergam esse ponto como fundamental para a competitividade de suas empresas no futuro.
Quase três em cada quatro participantes da pesquisa afirmam que estão entusiasmados com as oportunidades que a automação de redes e de TI criam para suas empresas.
Nesse sentido, entre as organizações que já utilizam recursos de software defined networks (SDN) virtualização de funções de rede (NFV), uma grande maioria (93%) acredita que isso lhes provê uma vantagem significativa em relação à concorrência.
Os pesquisados relataram que a interconexão em nuvem, a virtualização do data center e a automação da segurança foram os benefícios advindos da adoção de SDN.
Já empresas que adotaram NFV também citaram benefícios e habilidades do que esperavam. As vantagens mais citadas foram que a adoção de NFV possibilitou segurança e roteamento virtuais, além de otimização de redes de longa distância (WAN).
Fonte:
http://cio.com.br/noticias/2016/07/25/executivos-acreditam-que-disrupcao-chegara-aos-mercados-que-atuam-em-ate-2-anos/